Mateando saudades



Ao cair da tarde, quando o sol se esconde
Em frente do rancho eu vou chimarrear
Olhando pra rua que passa na frente
Tão cheia de gente, me ponho a pensar

Há tempos atrás, pra fora eu morava
A casa ficava,no fundo do campo
Ao norte um sanga tranquila corria
E a noite se via, luz de pirilampos

Quanta diferença o tempo de outrora
Do que existe agora, que virá depois?
Na frente do rancho, não passava rua
No clarão da lua, só tropa de bois

A estrada que ao longe, passava na frente
Muito pouca gente,cruzava por lá
Porém na coxilha, além da cancela
Paisagem mais bela, juro que não há

Lembranças ficaram da tua existência
Formosa querência, onde eu nasci
Por isso que o mate, que lava minh´alma
É so o que me acalma, ao lembrar de ti

E hoje distante, aqui na cidade
Remoendo saudades, que o tempo deixou
O ronco da cuia, com gosto de mágoa
Me lembra que a água, do mate esfriou



Publicado no site: O Melhor da Web em 23/01/2011 
Código do Texto: 70952

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