“A felicidade não se compra", por Ana Claudia Jácomo
“A felicidade não se compra", de 1946, dirigido por Frank Capra, é um dos filmes mais lindos que já assisti. Descobri há uns dez anos, por meio da referência de um palestrante a respeito do argumento que ele aborda. Curiosa, eu que adoro descobrir belezas, fui procurar na locadora. Fiquei encantada pela história, que conta, entre outras coisas, o quanto “cada vida humana é capaz de tocar muitas outras vidas” de forma preciosa e singular, mesmo sem ter essa percepção.
George Bailey, o protagonista, interpretado pelo ator James Stewart, é um homem de bom coração, gestos nobres, que assume os negócios do pai e, num momento de extremo desespero pela perspectiva da iminente falência, pensa em se matar e considera que teria sido melhor não ter nascido. Aí começa a parte mais interessante do filme: um anjo meio atrapalhado desce à Terra e o faz mergulhar numa espécie de sonho para lhe mostrar como seria diferente a vida das pessoas que amava e havia ajudado, em vários momentos de sua trajetória, se, de fato, ele não chegasse a nascer. Aparentemente despretensioso, o filme é de uma sensibilidade imensa...(cont..)
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