Apelo-te, ó formosa,
Pois és a única que me resta.
Lava minh’alma desta moléstia,
Apaga esta chama que me aflige,
Posta-te a brilhar na imensidão anil, frondosa!
Ainda que teu toque não se faça pleno,
Sinto-o como a quem crê no infinito.
Desfaço-me da carne, do mundano,
Para desfrutar-te desnudo,Pois és a única que me resta.
Lava minh’alma desta moléstia,
Apaga esta chama que me aflige,
Posta-te a brilhar na imensidão anil, frondosa!
Ainda que teu toque não se faça pleno,
Sinto-o como a quem crê no infinito.
Desfaço-me da carne, do mundano,
Em um absoluto obsceno.
Mostra-me tua face.
Envolve-me com tua luz.
Conforta meus devaneios de glória,
Inspira este filho com teus únicos encantos,
Faz-me trilhar por outros rumos, sem pecado ou culpa.
Tal qual o Deus Tempo alivia o tormento,
Baliza este errante destino,
Concretiza o insistente pensamento,
Torna este miserável satisfeito,
Ou leva-me desta vida sem alento.
És poderosa por natureza.
Tendes o condão do conforto e da paz.
Imploro-te para que alivie minha tristeza,
Ilumine os passos que guiam à total incerteza
Conduza a tortuosa trilha que a imaturidade me traz.
Ó, grandiosa que no Céu resplandece,
Ouve meus lamentos em forma de prece,
Entrega-me de volta o coração de minha amada,
Diz-lhe que perdê-la foi culpa da ânsia desesperada,
Roga-lhe perdão por teu filho,
Que só de sofrimentos hoje padece.
Ps.: O quadro acima é obra do pintor realista estadunidense contemporâneo Steven J. Levin, intitulada Moonlight Sail.
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